segunda-feira, 21 de abril de 2008

arena, ventríloquo, mimar

Era ela, uma pequena menina, 5 anos, inconveniente, apaixonada por suas bonecas.
Certa vez foi em uma festa de aniversário e SURPRESA!
Havia um ventríloquo com a magia de fazer todos os bonecos falarem, frente a tal "milagre" ela se surpreendeu e sentiu algo, sua mãe a mima-la não havia preparado para isso, INVEJA.
O ventríloquo podia pegar qualquer boneco e falar com ele, fazia-o cantar e contar piadas, todavia ela só sabia apertar a barriguinha da boneca rechonchuda que repetia incessantemente
-I love U
-I love U
Ela não dominou seu ódio e queria combater o maldito ventríloquo, (a ambição dela era surrupiar seu poder tomar para ela tal "dom", alimentar deliciosamente seu infante egoísmo) pensou em armar uma espécie de arena, almejava um verdadeiro combate, mas antes de executar qualquer manifestação de seu sujo sentimento...
... a mãe a chamou
-Filha, papai veio buscar a gente
Enfim, frustrada, sobrou-lhe apenas (pobre criatura mundana sujeita às decepções da vida) um trauma de infância.

terça-feira, 15 de abril de 2008

você...

vai chorar,
vai encher a cara,
vai inventar desculpas,
vai arranjar problemas,
vai sentir dor,
vai olhar com olhos lúgubres para mim,
e vai dizer: Fellype, você não presta.

e eu vou responder: você não presta,
não presta atenção na razão,
não presta atenção nas minhas cicatrizes carniformes,
nas dores e amores que deixei no passado.

no passado.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

sexo é amor
sacanagem é salário mínimo

quarta-feira, 9 de abril de 2008

arte de cu é rola,

No ano de 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, pegou um
cão abandonado na rua prendeu-o em uma corda curtíssima na parede de
uma galeria de arte e deixou o pobre animal ali para que morresse
lentamente de fome e sede, durante a Bienal Costarricense de Artes
Visuales (Bienarte) 2007.

Ao fundo da galeria, escrito com ração de
cachorro, um escrito que, traduzido do espanhol é algo como: "És o que
lês".


e toda essa barbárie em nome da arte, e aí que eu levanto uma questão: até que ponto justifica-se atos em nome da arte?
que espécie de arte é essa?
arte de manifestar inconscientemente a insanidade?
um espetáculo de crueldade?
a desvalorização da vida?

não entendi a intenção deste "artista" nem o tom que ele quis alcançar.